Prémio Ser Saúde atribuído a um Nutricionista

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Prémio Ser Saúde atribuído a um Nutricionista

Um artigo sobre a importancia da nutrigenómica e da nutrigenética foi distinguido com o Prémio Ser Saúde do Instituto Superior de Saúde do Alto Ave.

O artigo premiado é da autoria de 3 investigadores: Fábio Pereira (1º autor), nuticionista, estudante de doutoramento em nutrigenomica na Universidade Autonoma de Madrid, foi co-orientado pela Professora Maria Daniel Vaz de Almeida (FCNAUP) e no momento da publicação do artigo trabalhava no IPATIMUP; Jose Carlos Machado (2º autor), biólogo, professor de Patologia na FMUP e investigador do IPATIMUP e Maria Daniel Vaz de Almeida (3º autor), professora catedrática da FCNAUP e presidente do respectivo Conselho Directivo e do Conselho Cientifico.

O artigo destaca a importancia do "Projecto do Genoma Humano" já que a "sequenciação do genoma humano revelou que os polimorfismos genéticos, fonte de variação genética entre indivíduos, são fundamentais na resposta metabólica ao ambiente", tendo demonstrado que os "componentes ambientais (como componentes dos alimentos) podem influir na expressão dos genes".

Para mais informações consulte a Newsletter da UP.

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perguntas & respostas

É preciso perder muito peso para ter benefícios na saúde?

Falso. Os benefícios para a saúde da perda de peso fazem-se sentir mesmo com pequenas perdas. Reduções entre 5% a 15% diminuem a incidência das principais complicações da obesidade, sobretudo problemas cardiovasculares e respectivos factores de risco.

Porque é que é importante fraccionar a alimentação?

Quando não se programa a distribuição ou fraccionamento alimentar, cai-se facilmente na tentação de fazer 2 a 3 refeições de elevada densidade energética, com pouca riqueza nutricional. Comer várias vezes e a horas certas nada tem a ver com passar o dia a petiscar para consolar apetites e apaziguar angústias. Significa que não convém concentrar a comida exigida em 2 ou 3 refeições mas reparti-la por várias refeições, de preferência completas e equilibradas. Seguindo este princípio não se verificará períodos prolongados de hipoglicémia e de destruição proteica, evitar-se-á a sobrecarga digestiva por refeições volumosas, ritmar-se-á a actividade do aparelho digestivo, endócrino e de outros reguladores metabólicos e contrair-se-á o desenvolvimento do excesso de peso e da obesidade.

O principal grupo de alimentos para nos dar energia são a carne e outros produtos animais?

Falso. Os hidratos de carbono são o grupo de alimentos que fornecem mais energia. As frutas, legumes, pão e cereais, produtos e subprodutos animais, leguminosas e gorduras constituem todos os grupos de alimentos que devem ser incluídos em proporções diferentes na nossa alimentação, de acordo com a pirâmide dos alimentos.

Os alimentos integrais são mais saudáveis?

Verdadeiro.Os produtos integrais contêm mais fibras. O pão integral, por exemplo, tem mais fibras, vitaminas e sais minerais do que o pão branco. As fibras ajudam a saciar e controlar o apetite e estimulam o trânsito intestinal. Estudos indicam que ajundam a prevenir o cancro do cólon, diabetes e doenças cardiovasculares. Por dia, recomenda-se 25 a 30 gramas de fibras, entre fruta, legumes e cereais integrais.

Manteiga e margarina têm a mesma quantidade de gordura?

Verdadeiro. Tanto a margarina como a manteiga fornecem as mesmas calorias, uma vez que são compostas por 80% de matéria gorda, no mínimo. A diferença está no facto de a margarina, sobretudo a de origem vegetal, conter ácidos gordos insaturados, mais saudáveis que os ácidos gordos saturados presentes nas gorduras animais. As margarinas e manteigas light ou magras já contêm uma diminuição da matéria gorda, contendo cerca de 41% de gordura.

estudos científicos

Investigadores da Universidade de Harvard concluíram recentemente que, ao se procurar garantir que as pessoas idosas bebessem água, um milhão de dias de hospitalização e um bilião de dólares cada ano poderiam ser economizados, só nos EUA!

Recuperar a dieta mediterrânica, onde o azeite, vegetais e a fruta assumem um papel principal pode prevenir doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro, segundo o World Cancer Research Fund International.

Um estudo realizado pelo Instituto Francês para a Nutrição mostrou uma associação entre dormir pouco e a desregulação de ciclos circadianos(por exemplo em trabalhadores por turnos) e o aumento de peso. Segundo este estudo a redução das horas de sono e alterações do nosso relógio biológico no que diz respeito à altura do dia em que durmimos, provoca uma diminuição da hormona leptina (que limita o apetite) e uma estimulação da hormona grelina (com efeito contrário). Esta acção conjunta pode corresponder a um aumento de cerca de 24% do apetite.

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