segunda-feira, 31 de março de 2008

Obesidade infantil - Como Combater?

Campanhas publicitárias de prevenção:



Intervenção comunitária por profissionais de saúde:



domingo, 30 de março de 2008

Publicidade e Obesidade Infantil - Parte II

Mais um estudo que aponta uma relação entre os anúncios publicitários e a obesidade nas crianças.


Psicólogos britânicos do Laboratório de Comportamento Alimentar Humano da Universidade de Liverpool estudaram um grupo de 60 crianças de vários pesos, com idades entre os 9 e os 11 anos, às quais foram mostrados anúncios de alimentos e de brinquedos, seguidos de desenhos animados.

Verificou-se que o apetite das crianças obesas e com excesso de peso aumenta mais do dobro depois de verem anúncios publicitários a produtos alimentares na televisão. A ingestão de comida depois dos anúncios a alimentos foi significativamente maior do que depois dos anúncios a brinquedos em todos os grupos de peso: as crianças obesas aumentaram 134% o seu consumo, as que sofrem de excesso de peso consumiram mais 101% e as de peso normal comeram mais 84%.

Os investigadores observaram também que o peso ditou as preferências alimentares durante a experiência, já que foram postos à disposição das crianças alimentos com alto e baixo teor em gorduras e açúcar.

As crianças obesas optaram sempre pelo produto alimentar com mais gordura, o chocolate, enquanto as do grupo com excesso de peso escolheram geleias com menos conteúdo gordo e também chocolate.

A investigação confirma que os anúncios de alimentos na TV têm um efeito profundo nos hábitos alimentares de todas as crianças, duplicando a sua taxa de consumo. O estudo sugeriu também uma forte ligação entre o peso e a susceptibilidade para comer demais após exposição a publicidade alimentar na televisão.

"Light" mas pouco...

O termo light é das alegações nutricionais mais divulgadas quando se publicita um produto alimentar. Aplica-se exclusivamente quando há uma redução, no mínimo de 30 % num nutriente, como gordura ou açúcar, relativamente ao alimento tradicional.

Mas atenção!! Light não significa menos calorias. Por exemplo, uma marca de cereais de pequeno almoço pode reduzir a quantidade de gordura em 30%, relativamente a outro produto da marca, mas simultaneamente aumentar a quantidade de açúcar. Neste caso, o produto pode ser considerado light, mas mantém o valor energético.

Outro exemplo são as batatas fritas, que fazem uma correcta atribuição da deseignação light ao diminuirem em 33% a quantidade de gordura. Mas esta redução não impede que o produto continue rico neste nutriente tão nefasto para a saúde.


Assim, é necessário uma atenção especial na escolha destes produtos. É importante não prestar apenas atenção a este tipo de alegações nutricionais, mas também ver cuidadosamente os rótulos, que deverão conter a lista de ingredientes e a informação nutricional. Só assim se pode saber se o produto é saudável e não contém excesso de sal, açúcar ou gorduras.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Publicidade e Obesidade Infantil - Parte I

O Observatório da Publicidade, desenvolveu um estudo - "Publicidade a Alimentos para Crianças e Jovens" - que pretendia caracterizar e perceber os efeitos da publicidade a alimentos para crianças e jovens no aumento da obesidade infantil.

Foram visionados cerca de 150 horas de televisão distribuídas pelos canais RTP1, SIC,TVI,SIC Radical e Panda. No estudo foram considerados 108 anúncios a alimentos para crianças e jovens.
As conclusões retiradas mostraram-se bastante interessantes:

  • A publicidade a produtos alimentares dirigida a crianças e jovens predomina na televisão, 81,48% dos anúncios analisados e com repetições a variarem entre 1 e 30 vezes;

  • Dos grupos alimentares identificados, observou-se que mais de 60% dos anúncios exibidos se encontram directa ou indirectamente ligados ao grupo de Açúcar e Açucarado, combinando com grupos nucleares de Lacticínios e Cereais;

  • A presença de uma personagem mascote como elemento facilitador da relação e reconhecimento da marca ocorre em 48% dos anúncios analisados. Tratando-se de uma mascote, a tendência é para ser construída sobre uma base fictícia e em forma animal, conferindo-lhe um carácter imaginário e antropomórfico que permite ao alvo de comunicação identificar valores e emoções da marca sem procurar a sua correspondência na realidade exterior;



  • Para além da personagem mascote verifica-se que mais de 90% da publicidade integra personagens que actuam como modelos de utilização dos produtos, em contextos quotidianos grupais (amigos e família) reconhecidos pelas crianças e jovens. O género dominante da personagem principal é o masculino podendo remeter para valores como a actividade física mais dinâmica e mais energética e forte, atributos estes que estão associados aos benefícios da alimentação em geral e subjacentes ao conceito de saudável.

  • As cores (vermelho e amarelo) e a música (rock) utilizadas orientam a percepção das pessoas expostas aos anúncios para emoções de alegria, energia e dinamismo.

Apesar de a relação entre obesidade infantil e publicidade não ser directamente comprovada através deste estudo, as conclusões retiradas sugerem uma relação, dada a percentagem de anúncios publicitários dirigidos a este público alvo, bem como ao tipo de produtos alimentares anunciados.

Viva Bem. Exemplo a seguir?

O Grupo Ibersol, representante de várias cadeias de restauração, como a Burger King, Pizza Hut, Pasta Caffé, Pans & Company, O Kilo, KFC, entre outras, desenvolveu um programa inovador , o Viva Bem.

No sítio do programa, podem encontrar-se espaços organizados de forma a passar informações simplificadas relativas ao programa, aos restaurantes envolvidos, às características nutricionais dos alimentos disponibilizados e a todo o processo que vai desde o fornecedor dos produtos até ao momento do seu consumo no restaurante, não descurando aspectos como a higiene e segurança alimentar.


São também apresentados planos alimentares semanais, específicos para adultos, crianças ou idosos e que respeitam as necessidades energéticas e nutricionais e vários conselhos nutricionais.

Segundo a Ibersol, O Viva Bem "procura ser um programa completo, que resuta de inúmeros estudos e do trabalho de uma equipa multidisciplinar que envolve especialistas na área da nutrição, marketing e psicilogia".

O objectivo é educar para uma alimentação saudável e permitir ao consumidor "aprender a comer o que faz bem ao corpo e sabe bem ao paladar". E mesmo que pareça uma contradição falar em alimentação saudável e Fast Food, a ideia é inovadora e realista. O estilo de vida das sociedades modernas tem tido graves implicações nos padrões de consumo alimentar e é já um facto que cada vez é maior o número de refeições consumidas fora de casa. Perante esta inevitabilidade são importantes as iniciativas deste género. A preocupação em alertar e informar para a importância de uma alimentação saudável e o fornecimento de escolhas variadas e equilibras, que estão por trás deste programa, são notáveis e pioneiras.

Aliar uma alimentação saudável, saborosa e equilibrada, é a imagem de marca deste programa Viva Bem, O Bom faz Bem.

segunda-feira, 24 de março de 2008

As Crianças e as Verduras

Uma pesquisa sobre Hábitos Alimentares na Infância e Adolescência (Estudo Enkid, 1998-2000) com a participação de mais de 3500 crianças e jovens com idades compreendidas entre os 2 e os 24 anos, concluiu que o consumo de frutas e legumes é claramente insufiente.

Mas como fazer para que as crianças comam fruta e legumes....e gostem!

Eis alguns conselhos que poderão ajudar a incentivar o consumo destes alimentos em todas as refeições das crianças:

  • Fazer pratos com boa apresentação e coloridos para se tornarem mais actrativos. É uma incentivo para crianças e jovens porque chama mais a sua atenção e torna-se mais apetitoso.

  • Procurar que a criança comece o dia a comer fruta. Um copo de sumo de fruta variada dar-lhe-á um começo de dia delicioso e energético e, adicionalmente, acrescentará um boa quantidade de fibras, vitaminas e minerais, e nada de gorduras.
  • Colocar sempre na mochila da criança uma maça, uma laranja, uma pêra, uma banana ou um saco de frutos secos.

  • Manter as frutas e os vegetais ao seu alcance. Devem estar sempre visíveis quando a criança abrir o frigorífico. Se os vir, é mais provável que os coma.

  • Juntar frutas e legumes cortados ou em puré a outros pratos. Por exemplo: pudim de espinafres e queijo, esparguete com cogumelos, arroz com legumes...Utilizar os legumes picados muito finos ou ralados.

  • Utilizar puré de verduras para engrossar as sopas e acrescentar sabor.


  • Cortar os vegetais em formas originais. Torna-os mais apetecíveis.

Uma alimentação rica, variada e saudável permite às crianças alcançar o seu crescimento e potencial de desenvolimento máximos, ajudando-as a prevenir doenças importantes. Há que apostar em educar as crianças em sabores diferentes e variados...


Fonte: Saúde & Lar

sábado, 22 de março de 2008

Alegações Nutricionais e de Saúde

A alteração dos hábitos de consumo alimentar nas sociedades modernas foi acompanhada por uma crescente procura por formas de alimentação mais rápidas e práticas. Surgem produtos com novas propriedades nutricionais e também novas formas de estes seram comunicados.

São comuns as menções como "baixo valor energético", "sem gordura saturada", "sem açúcares", "alto teor de fibra", "fonte de vitamina A". Estes são exemplos de declarações que sugerem que um alimento possui propriedades benéficas relativas à energia (fornece muita ou pouca) e/ou aos nutrientes (contém ou não), ou seja, são alegações nutricionais.


"Um regime com baixo teor de gorduras saturadas baixa o nível de colesterol no sangue", "o consumo de ácidos gordos ómega 3 mantém um bom nível cardiovascular", " o consumo de fruta e verdura fresca reduz o risco de cancro" ou "o cálcio fortifica os ossos" constituem exemplos de declarações que impliquem uma relação entre o alimento ou um dos seus constituintes e a saúde. São alegações de saúde.




O Regulamento (CE) nº 1924/06 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro veio impôr restrições aos alimentos que ostentam alegações, devendo estes ter um perfil nutricional adequado.

As alegações nutricionais não devem:
  • ser falsas, ambíguas ou enganosas;
  • suscitar dúvidas acerca de outros alimentos;
  • incentivar o consumo excessivo de qualquer alimento;
  • sugerir que um regime alimentar variado é susceptível de não fornecer as quantidades adequadas de nutrientes;
  • explorar receios de consumidores através de referências a alterações das funções orgânicas;
  • comparar a composição do alimento em causa com alimentos de outra categoria.
São proibidas as alegações de saúde que:
  • sugiram que a saúde possa ser afectada pelo facto de não se consumir o alimento em causa;
  • façam referência a um determinado ritmo de perda de peso;
  • façam referência a recomendações individuais de médicos ou outros profissionais de saúde.
Espera-se que a introdução desta nova legislação permita uma comunicação mais eficaz e verdadeira das propriedades dos alimentos e dos seus potenciais efeitos. Actualmente, são muitos os anúncios publicitários de produtos alimentares com alegações que não respeitam estes parâmetros, o que só contribui para uma deseducação e mal informação da sociedade no que diz respeito a consumo alimentar adequado.

Fontes: Artigo "Alimentos com Alegações Nutricionais e de Saúde" da Revista "Segurança e Qualidade Alimentar", nº 3, Novembro 2007 e palestra "Legislação da Rotulagem Nutricional e das Alegações de Saúde" de Mª Cândida Marramaque no Congresso "Novos Rumos, Novos Desafios na Vanguarda da Nutrição" da XVIII Semana de Ciências da Nutrição.

O chocolate na Páscoa

Páscoa...época de cariz religioso e festejada em todo o Mundo por milhões de pessoas. Com o tempo, muitas das tradições associadas à Páscoa foram sendo adulteradas e abolidas e mais uma vez, o consumismo da sociedade actual deu origem à introdução de outros hábitos nem sempre saudáveis em termos alimentares.

É o caso das amêndoas e ovos de chocolate, presença obrigatória nesta época festiva. A maioria dos chocolates consumidos, no entanto, são ricos em gordura e açúcar com efeitos nefastos para a saúde, aumentando o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

No entanto, estudos recentes têm evidenciado outras propriedades desta iguaria, nomeadamente a sua capacidade de prevenir doenças cardiovasculares. É o caso do chocolate preto, que contém flavonóides que actuam nas células endoteliais das veias e artérias.

No último estudo desenvolvido por pesquisadores do centro de prevenção da Universidade de Yale, nos EUA, 45 indivíduos com excesso de peso (IMC entre 25 e 35 kg/m²), foram divididos em três grupos:

1) consumiram 226 gramas de cacau sem açúcar por 6 semanas;
2) consumiram 226 gramas de cacau com açúcar por 6 semanas;
3) consumo de um placebo por 6 semanas.

Através do exame de ultra-som os pesquisadores mediram a capacidade de relaxamento e distensão das artérias. No grupo 1, esta capacidade melhorou em 2,4%. No grupo 2 em 1,5% e no grupo 3 piorou em 0,8%.


O resultado não sugere que devemos aumentar o consumo de chocolate, porém sugere que o chocolate preto, no seu estado puro (sem leite e sem açúcar) é uma alternativa a considerar, principalmente quando o consumo de chocolate se torna inevitável, como na Páscoa.

Estes flavonóides estão também presentes em frutas, legumes e alguns tipos de chás sem o fornecimento do açúcar e da gordura saturada do chocolate. São por isso a melhor opção.

Boa Páscoa!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Opinião Pública - Alimentação saudável?

Um tema controverso e actual, que tem suscitado um interesse crescente por parte da população a nível mundial.

No “opinião pública” desta semana "considera a sua alimentação saudável?", num total de 24 votantes, 45% considerou a sua alimentação como “assim assim” saudável. O “não” alcançou os 25% dos votos. 16% consideraram a sua alimentação saudável, enquanto que 12% não conseguiram efectuar uma avaliação.

Mas será fácil definir “uma” alimentação saudável? São muitos os factores a considerar quando se avalia a alimentação. Factores sociais, culturais, económicos, estilo de vida, acesso a recursos alimentares adequados, falta de informação condicionam de forma preponderante a forma como nos alimentamos e como percepcionamos a nossa alimentação.

Um relatório recente da OMS (Organização Mundial de Saúde), o CINDI dietary guide, referiu 12 aspectos a ter em consideração para que se possa alcançar uma alimentação saudável:

1. Ter uma dieta o mais variada possível, baseada na roda dos alimentos, com maior abundância de alimentos de origem vegetal, em vez de alimentos de origem animal e a água a desempenhar um papel central. A variedade é essencial porque 1 só alimento não fornece a totalidade de nutrientes, vitaminas e sais minerais que o organismo necessita.


2. Ingerir pão, massas, arroz e batatas várias vezes por dia. São estes os alimentos que deveriam servir de base à nossa dieta. Para além de importantes fontes de energia, têm uma baixa composição em gorduras e contribuem para a ingestão de proteínas, fibras, sais minerais (potássio, cálcio e magnésio) e vitaminas (vitamina C e B6, ácido fólico e carotenóides).

3. Ingerir uma grande variedade de frutas e vegetais, preferencialmente frescas, várias vezes ao dia, pelo menos 400g por dia. Estes alimentos são pobres em gordura e energia, pelo que são essenciais na prevenção da obesidade.

4. Manter um peso corporal dentro dos limites recomendados. Isto é alcançado não só através da alimentação adequada, mas também com a prática diária de actividade física.

5. Controlar o consumo de gorduras (menos de 30% da energia diária dispendida). As gorduras saturadas devem ser substituídas por gorduras insaturadas, encontradas em óleos vegetais e margarinas.

6. Substituir o consumo de carne gorda (carne vermelha) por feijão, legumes, lentilhas, peixe ou carne magra (carne branca).

7. Ingerir leite e produtos derivados do leite como iogurtes ou queijo que são pobres em gorduras e sal. São a principal fonte de proteínas e cálcio.

8. Seleccionar alimentos com baixo teor em açúcar. Existem actualmente alguns alimentos com substitutos artificiais do açúcar. No entanto, alguns deles, como o sorbitol, são ricos em energia. Assim, alguns dos alimentos ditos pobres em açúcar poderão ser ricos em energia e gordura.

9. Optar por uma dieta pobre em sal. O consumo total de sal não deve exceder as 6g por dia, incluindo o sal do pão e dos alimentos processados, conservados e curados.

10. Quando há consumo de álcool, este não deve exceder 2 copos diários (cada um contendo apenas 10g de álcool).

11. Preparar a comida de forma segura e higiénica. Os alimentos devem ser bem lavados, principalmente se consumidos crus. As formas de confecção devem ser escolhidas de forma a diminuir o total de gordura, tais como os cozidos ou grelhados.

12. Promover uma alimentação adequado desde o nascimento. Uma alimentação infantil inadequada tem graves repercussões na vida adulta. O aleitamento materno até ao primeiro ano de vida é essencial, bem como a introdução de alimentos complementares adequados a partir dos 6 meses.

Cada um destes passos deve ser considerado, não isoladamente, mas sim no contexto de todos os restantes. Variedade e equilíbrio são as palavras-chave.

Para mais informações consultar o relatório da OMS em:

sábado, 15 de março de 2008

OMS prevê a primeira diminuição de esperança de vida em 200 anos


A crescente incidência de diabetes tipo 2 e obesidade em crianças e jovens poderá estar na origem de uma diminuição da esperança média de vida da população. Torna-se urgente desenvolver uma correcta política de educação e prevenção, que deve passar pelos próprios jovens e crianças, mas também pelos pais, escola, profissionais de saúde e sociedade em geral.

A notícia é alarmante:

30 por cento dos jovens têm diabetes tipo 2
OMS prevê a primeira diminuição de esperança de vida em 200 anos

Trinta por cento dos jovens em todo o mundo já sofre de diabetes tipo 2 e em algumas comunidades étnicas dos Estados Unidos a percentagem ronda os 50 por cento, segundo dados da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, noticia a Lusa.

O director clínico da associação, José Manuel Boavida, revelou estes dados durante a apresentação da campanha publicitária «Maio Mês do Coração», que este ano destaca dois dos maiores factores das doenças cardíacas: a obesidade e a diabetes. O especialista referiu que um em cada três destes jovens está em risco e vai morrer antes dos 55 anos. A justificação para a actual situação é dada pelos «estilos de vida modernos».

«Pela primeira vez em 200 anos, a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê uma diminuição da esperança de vida», alertou Boavida, admitindo a hipótese de os pediatras começarem, dentro em breve, a fazerem o rastreio de doenças coronárias.

Também a alta comissária para a saúde, Maria do Céu Machado, salientou tratar-se de um problema cultural de uma sociedade que transforma «uma batata cozida de 70 calorias num pacote de batatas fritas de 500 calorias».

Por seu lado, o presidente da Fundação Portuguesa Cardiologia, Manuel Carrageta, sublinhou que as doenças cardiovasculares e do aparelho circulatório vão ser a principal causa de morte em todo o mundo a partir de 2010/2012, altura em que estas patologias vão aumentar a sua prevalência na África sub-saariana.

Por ano, morrem actualmente 17 milhões de pessoas vítimas de doenças cardiovasculares e circulatórias. Em Portugal, entre os doentes com factores de risco, o tabagismo tem-se mantido nos mesmos níveis, observando-se uma melhoria nos valores do colesterol, com a obesidade a elevar-se de 25,3 para 32,8 por cento. Manuel Carrageta referiu que os últimos números reflectem uma perda média de seis anos de vida nos homens obesos e de sete anos nas mulheres.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Descobre as Diferenças - parte I

O mesmo produto - gelados olá, a mesma via de comunicação, 40 anos de evolução...

Nos anos 70



Nos anos 80





Actualmente




A evolução é notória. E não só em termos tecnológicos. enquanto que nos anos 70 e 80, a principal mensagem transmitida referia-se ao produto em si e às emoções associadas ao seu consumo, principalmente o prazer da partilha, no anúncio mais recente são mais evidentes outras estratégias de marketing mais agressivas, destacando-se o desenfreado apelo ao consumismo.