terça-feira, 10 de junho de 2008

Plataforma contra a Obesidade

A Plataforma Contra a Obesidade já tem o seu espaço na Internet. O site do organismo estatal que visa combater a obesidade em Portugal está on-line e disponibiliza várias valências para os cibernautas.


Além de dados institucionais, o site disponibiliza informações sobre os seus projectos, ferramentas científicas, que permitem calcular o índice de massa corporal, o risco metabólico, o peso de referencia e o gasto energético. Além disso, há uma roda dos alimentos, com dados sobre as calorias de vários alimentos e o tempo de exercício físico necessário para as queimar e quizes.

Tem ainda uma área que explica o que é a obesidade, apresenta fichas de alimentos, uma secção para adolescentes, um glossário, dicas, links e referências científicas. O site da Plataforma dedica também um espaço à vida saudável, com receitas, dados sobre actividade física e várias dicas.

De destacar que o espaço on-line da Plataforma Contra a Obesidade desenvolve de forma específica uma área sobre obesidade infantil, uma das grandes preocupações da Plataforma.

Consulte o site aqui.

A Nova Roda dos Alimentos


Coma Bem, Viva Melhor!

É o slogan da nova Roda dos Alimentos...

Consulte aqui a página da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, onde é apresentada a nova Roda, as principais evoluções verificadas e alguns conselhos úteis.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Prémio Ser Saúde atribuído a um Nutricionista

Um artigo sobre a importancia da nutrigenómica e da nutrigenética foi distinguido com o Prémio Ser Saúde do Instituto Superior de Saúde do Alto Ave.


O artigo premiado é da autoria de 3 investigadores: Fábio Pereira (1º autor), nuticionista, estudante de doutoramento em nutrigenomica na Universidade Autonoma de Madrid, foi co-orientado pela Professora Maria Daniel Vaz de Almeida (FCNAUP) e no momento da publicação do artigo trabalhava no IPATIMUP; Jose Carlos Machado (2º autor), biólogo, professor de Patologia na FMUP e investigador do IPATIMUP e Maria Daniel Vaz de Almeida (3º autor), professora catedrática da FCNAUP e presidente do respectivo Conselho Directivo e do Conselho Cientifico.

O artigo destaca a importancia do "Projecto do Genoma Humano" já que a "sequenciação do genoma humano revelou que os polimorfismos genéticos, fonte de variação genética entre indivíduos, são fundamentais na resposta metabólica ao ambiente", tendo demonstrado que os "componentes ambientais (como componentes dos alimentos) podem influir na expressão dos genes".

Para mais informações consulte a Newsletter da UP.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Descobre as diferenças - Parte III

Manteiga/Margarina

Anos 80


Anos 80/90


Actualmente



Palavras para quê? Evolução? Consumismo? Questões de saúde? Ritmo de vida frenético? Marketing? Competitividade de mercado?

As exigências e expectativas dos consumidores mudaram ao longo das últimas décadas. As razões? Talvez um misto de todas...A manteiga por si só já não basta, tem que ser light, baixar o colesterol...

Dietas das revistas podem ser um perigo!

Seguir as dietas publicadas em revistas de grande circulação pode ser um risco para a saúde.


É a conclusão de um estudo brasileiro que analisou as múltiplas dietas publicadas em revistas não-científicas durante oito meses. Cientistas da Universidade de São Paulo avaliaram 112 dietas, todas publicadas em 2002 em revistas populares, e chegaram à conclusão que
«todas as dietas se mostraram inadequadas em relação a uma ou mais das substâncias avaliadas. Menos de 25 por cento das dietas apresentaram distribuição adequada de macro-nutrientes», escreveram os investigadores num artigo escrito nos Cadernos de Saúde Pública.

Houve um predomínio nos níveis inadequados de cálcio (85,7%), ferro (97,3%) e vitamina E (91,9%), revela ainda o artigo. Para analisar os nutrientes de todas as dietas, os cientistas usaram o programa Virtual Nutri. Os teores de micro-nutrientes foram comparados aos Dietary Reference Intakes, da Academia Norte-americana de Ciências.

Das 112 dietas analisadas, 95 recomendavam a ingestão de quantidades baixas em cálcio. Em uma delas, a quantidade indicada estava acima do limite máximo recomendado pelos nutricionistas. Segundo os autores do estudo, concentrações altas ou baixas de minerais e vitaminas são situações indesejáveis. Além disso, podem causar interacções negativas com outras vitaminas e outros minerais.

Outro ponto considerado negativo está relacionado com as instruções publicadas em conjunto com as dietas. A duração de sete dias, por exemplo, que é normalmente a que mais predomina nas revistas é insuficiente para uma perda de peso gradual e saudável, explicam.

Entre toda a amostra, apenas uma única dieta, publicada numa revista, estava realmente balanceada dentro dos padrões nutricionais e bioquímicos, segundo o estudo feito. As 1.387 calorias estavam distribuídas em 57,83% de hidratos de carbono, 15,51% de proteínas e 26,66% de lípidos. Além disso, estavam presentes 278,22 miligramas de colesterol, 19,36 miligramas de ferro, 1.145,5 miligramas de cálcio e 26,62 miligramas de vitamina E.

Para os cientistas, a conclusão das análises das dietas é uma só:
«Não deveria ser permitido às publicações não-científicas anunciarem dietas para perda de peso que não apresentem uma composição química adequada». As dietas, da forma como que foram anunciadas, podem induzir, segundo o artigo, à adopção de práticas arriscadas de alimentação.

Dieta do Despostista


Os hidratos de carbono são elementares para toda a gente, e ainda mais para um atleta. O corpo armazena este macronutriente, sob a forma de glicogénio, nos músculos e no fígado, mas uma hora e meia depois de treino intenso as reservas acabam. De modo que há que repô-las diariamente.

Esgotados os hidratos de carbono, é às gorduras que o corpo vai buscar energia, daí que seja errado um desportista eliminá-las da dieta, sobretudo as gorduras insaturadas.

A ingestão de líquidos também e fundamental pois a desidratação diminui a resistência física e a velocidade.

Quanto às necessidades proteicas, as de um atleta são ligeiramente superiores às de uma pessoa sedentária, não só por ter mais massa muscular, como pelo maior desgaste energético.

Se um atleta tiver uma alimentação variada e sem restrições não precisa de suplementos vitamínicos, a não ser por indicação médica.

Em dias de treino os especialistas aconselham a fazer cinco refeições – as mais ligeiras uma hora antes do treino, as mais substanciais três horas antes. Nos três dias que antecedem uma competição, deve ser reforçada a ingestão de hidratos de carbono.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Opinião pública - Os nutricionistas e a publicidade

No "opinião pública" desta semana, foi questionado até que ponto era viável a associação dos nutricionistas ou de outro profissional de saúde à publicitação a produtos alimentares nos meios de comunicação social.

Actualmente, são vários os exemplos deste tipo de associação, principalmente por fundações ou escolas de saúde:

E afinal o que pensa destes exemplos?

Mais de metade (59%) dos 42 participantes do "opinião pública" diz-se contra a associação da imagem do nutricionista ou outro profissional de saúde à publicidade a produtos alimentares.


O regulamento (CE) nº 1924/06 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro, que regula muitos aspectos relacionados com a publicidade, colocou já alguns entraves a este tipo de associação, mas não é claro no que diz respito à participação de fundações ou de escolas de saúde, situação verificada nos exemplos mostrados.

Torna-se urgente ir mais além. A criação de códigos de ética e deontologia que regulem o exercício da profissão do Nutricionista, à semelhança do que já aconteceu em países como o Brasil, Reino Unido, EUA, Canada ou Suécia, bem como a criação de uma Ordem dos Nutricionistas revela-se essencial para que se evitem dúvidas na conduta a adoptar pelos Nutricionistas.

Por exemplo, o Código de Ética Brasileiro diz claramente:
"Capítulo XII / Art. 22: Relativamente à publicidade é vedado ao nutricionista:

  • I - utilizá-la com objectivos de sensacionalismo e de autopromoção;
  • III - valer-se da profissão para manifestar preferência ou para divulgar ou permitir a divulgação, em qualquer tipo de mídia, de marcas de produtos ou nomes de empresas ligadas às actividades de alimentação e nutrição;
  • IV - quando no exercício da profissão manifestar preferência, divulgar ou permitir que sejam divulgados produtos alimentícios ou farmacêuticos por meio de objectos ou de peças de vestuário, salvo se a actividade profissional esteja relacionada ao marketing, ou se os objetos e peças de vestuário componham uniforme cujo uso seja exigido de forma comum a todos os funcionários ou agentes da empresa ou instituição.

Apetites literários - "Refeições, Marcas, Calorias"

"Refeições, Marcas, Calorias"


Autor: Prof.ª Isabel do Carmo
Editora: D. Quixote


Sinopse: Como podemos escolher o melhor para nós entre todos os alimentos disponíveis no mercado? Como podemos saber quais são as características nutricionais de cad um deles? Como podemos transformar em indicações úteis a quantidade de informação que aparece em letras pequeninas - ou que apenas está implícita, porque nem aparece? Em suma: como ler um rótulo e como saber o que lá não está?
Neste livro são analisados os alimentos que compõem as nossas refeições, do princípio ao fim de cada dia. Para os vários tipos de pão, tostas, iogurtes, queijos, carnes e peixes, acompanhamentos, bebidas, etc., é apresentada, depois de ter sido estudada, a informação nutricional de que precisamos para ficarmos a saber se comemos o que queremos comer - ou o que devemos escolher quando afinal não comemos aquilo que pensávamos estar a comer. Para cada uma das refeições que fazem parte do dia-a-dia, os alimentos normalmente consumidos surgem integrados em tabelas, fáceis de consultar, que o vão ajudar a decidir quais são as marcas e os produtos melhores para si. A anotação dos preços fica a cargo de cada leitor, o que é um bom exercício para sabermos o que custa o quê, nos tempos que vão correndo. Inclui ementas de diversos especialistas que o ajudam a fazer uma alimentação equilibrada.

Dietas alternativas - Crudívora e do Tipo Sanguíneo

Crudívora

Os crudívoros, quase todos vegetarianos, alimentam-se de legumes, frutos frescos e secos e grãos germinados crus. Os adeptos deste tipo de dieta alegam que esta é a única forma de tirar total partido das enzimas dos alimentos. Chamam-lhe comida viva. Mas o “argumento do alimento vivo não faz qualquer sentido” para a nutricionista Alva Seixas Martins. Os alimentos crus “contém substâncias antinutricionais, os chamados fotoquímicos, que, em doses massivas, podem prejudicar a absorção de cálcio, zinco, magnésio e ferro”, alerta a especialista.

Do Tipo Sanguíneo

Segundo Petd’Adamo, naturopata norte-americano de 51 anos, existe uma correlação entre o grupo sanguíneo de uma pessoa e o tipo de alimentação que ela deve adoptar. No livro "Eat Right foy your type", publicado nos EUA em 1996, D’Adamo defende que:
  • Pessoas com sangue do tipo O, que ele designa por caçadoras, devem previligiar uma dieta rica em carne, peixe e marisco e pobre em cereais, leguminosas e lacticínios.
  • Indivíduos com o tipo A , denominados agricultores , têm um aparelho digestivo sensível, pelo que devem seguir um regime alimentar pobre em carne mas rico em vegetais.
  • Pelo contrário os do tipo sanguíneo B, intitulados nómadas,têm um aparelho digestivo resistente, são amnívoros por natureza e podem abusar dos lacticínios.
  • As pessoas do tipo sanguíneo AB , encaixadas na categoria enigma, são as únicas que podem comer de tudo.

No entanto esta dieta do tipo sanguíneo não é, na opinião da nutricionista Alva Seixas Martins, das mais radicais, mas atenção “não existe qualquer validação científica para a teoria de Peter d’Adamo”.

Fonte: Jornal Expresso

terça-feira, 29 de abril de 2008

Influência negativa da Internet

A consulta de sítios e blogues que fazem a apologia de distúrbios alimentares como a anorexia ou bulimia pode levar a um agravamento destas doenças nos jovens.


São estas as consclusões do estudo realizado por uma clínica de Stanford, nos Estados Unidos, que envolveu 698 famílias com jovens entre os 10 e os 22 anos, com perturbações alimentares. Foram enviados enquéritos aos doentes e pais, com perguntas sobre a gravidade da doença, o impacto na qualidade de vida e o recurso a sítios na Internet sobre anorexia ou bulimia.

Cerca de metade dos pais disse saber da existência destes sítios, mas desconhecia se os filhos os usavam. Dos jovens, 35.5% afirmou ter visitado páginas que fazem a apologia destas perturbações e as defendem como um "estilo de vida".

Os doentes afirmaram ainda ter aprendido novas técnicas de indução do vómito e para perder peso. Verificou-se também que estes tinham sido mais vezes internados do que os que nunca viram páginas sobre o assunto. Os utilizadores de sítios com movimentos pró-perturbação, estavam doentes há mais tempo do que os que visitam páginas a favor da recuperação, passavam menos tempo na escola ou a fazer os trabalhos de casa. Parece assim existir uma relação entre estes sítios e o aumento do número de casoa de bulimia ou anorexia.


A utilização de sítios que fomentam a doença por adolescentes e a encaram como um estilo de vida é uma realidade. Contudo, a maioria dos pais desconhece-o.

É assim essencial aos pais estarem atentos à influência que a Internet pode ter nos comportamentos dos jovens, não só no que diz respeito a estes problemas.
O acesso descontrolado e não supervisionado à Internet por parte dos jovens pode ter consequências muitos graves para estes jovens.

Fonte: Teste Saúde Nº 65 Fevereiro/Março 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dietas alternativas - Macrobiótica e Vegetariana

Como futuras nutricionistas temos consciência que é deveras essencial dar a conhecer alguns tipos de regimes alimentares especiais. É bastante importante que as pessoas conheçam as ditas “dietas alternativas” que fazem parte do dia-a-dia de inúmeras pessoas, quer por questões de saúde, ambientais ou pessoais. Não se perde nada em ficar a saber um pouco mais deste assunto mesmo que não pratique nenhuma…E se pretende praticar não se esqueça da importância de um correcto acompanhamento por profisssionais de saúde e uma adequada informação para evitar carências alimentares graves..

Vegetariana

A dieta dos vegetarianos é muito diversificada e pouco regrada. Muitas vezes confunde-se alimentação vegetariana com ingestão única e exclusiva de saladas, rejeição de sobremesas doces e uma especial predilecção por derivados de soja, o que é errado. Também é comum a ideia de que os vegetarianos preferem produtos integrais, o que, uma vez mais, não corresponde à verdade. Existem três tipos de vegetarianos:
  • Lacto-ovo-vegetarianos
  • Lacto-vegetarianos
  • Vegetarianos puros ou vegans

Enquanto os primeiros comem de tudo excepto carnes de qualquer espécie, os segundos acrescentam às restrições os ovos e os terceiros os ovos e lacticínios.

Vejam este vídeo, sobre um debate sobre a dieta vegetariana na sequência da reportagem "100% Vegetal" emitida pela SIC.



Ficou curioso?? E que tal experimentar um restaurante indiano de tradição hindu? Os hindus são há muito seguidores deste tipo de alimentação.


Macrobiótica

A macrobiótica vai muito mais além do simples facto de se prescindir da carne nas suas refeições. Uma refeição macrobiótica normal pode ter uma sopa, de preferência com pouca ou nenhuma batata e pouca gordura. O prato principal inclui um cereal integral, dois ou três acompanhamentos de vegetais – uns levemente cozinhados, como agrião escaldado, outros cozinhados durante mais tempo para ficarem macios -, leguminosas e um pequeno acompanhamento de algas. A refeição pode terminar com uma sobremesa, geralmente sem adição de açúcar, e uma infusão.

Aos olhos dos omnívoros ser macrobiótico ou vegetariano é o mesmo. De facto tanto os vegetarianos como os macrobióticos recusam-se a comer carne, uns por questões de saúde, outros por motivos ambientais ou éticos. Segundo Francisco Varatojo, director do instituto macrobiótico de Portugal, a “única coisa que implica ser vegetariano é não comer produtos alimentares; enquanto a alimentação macrobiótica obedece a regras”, como comer, todos os dias, “cereais integrais e vegetais, coadjuvados por feijões, algas, sementes, oleaginosas, fruta e chá".

Fonte: Jornal Expresso

O que comer por dia - Respostas de Maria Daniel Almeida - Parte III

Quais os alimentos proibidos?
"Para além da água, indispensável à vida - e que ocupa o núcleo central da nova Roda dos Alimentos, realçando assim a sua imprescindibilidade na alimentação diária - o único alimento de que nunca deveríamos ser privados é o leite materno durante o primeiro ano de vida. Depois dessa idade, sendo omnívoros temos a capacidade de conseguir os mesmos resultados prescindindo de uns alimentos mas escolhendo outros. Por exemplo, embora o leite seja uma das melhores fontes de cálcio (quer pela quantidade, quer pela relação com o fósforo que permite o seu melhor aproveitamento), é perfeitamente possível satisfazer as necessidades deste mineral sem beber leite, consumindo outros alimentos ou combinações de alimentos (por exemplo, sopa de feijão vermelho com couve galega). Este conhecimento permite aos nutricionistas uma flexibilidade de pensamento e decisão de modo a adequar o aconselhamento aos diferentes tipos de indivíduos ou populações. Daí não ser apologista desta dicotomia bom/mau, permitido/proibido."


Qual o melhor esquema alimentar para as 24 horas do dia?
"Proponho, não para as 24 horas mas sim para 14 a 18 horas (que o nosso organismo e o aparelho digestivo também têm que descansar), repartir a alimentação diária por duas refeições estruturadas (tipo almoço e jantar), duas a três merendas, começando o dia com um "grande pequeno-almoço"."

Mudar a dieta traz os mesmos benefícios em qualquer idade?
"Há sempre benefícios, mas a extensão dos seus efeitos difere do período da vida em que nos encontramos. Para uma criança ou um adolescente pode significar a diferença entre viver mais do que viveram os pais e com qualidade ou viver menos do que viveram os pais e avós, e com sofrimento físico e psíquico. Na velhice, pode significar melhor bem-estar, controlar a diabetes e a hipertensão e assim diminuir o risco de enfarte ou de AVC."

Apetites Literários - "Aprender a Comer"

Outra sugestão de leitura, desta vez mais vocacionada para a alimentação das crianças...



Título: "Aprender a Comer - Método para ensinar as crianças a comer".
Autor: Dr. Eduard Estivill Montse Domènech
Editora: Livros d'Hoje - Publicações Dom Quixote

Sinopse:
"Para muitos pais a hora das refeições dos filhos é um inferno. A boca fechada, que não se abre nem sequer quando vamos buscar todos os brinquedos, ligamos a televisão ou disfarçamos os pratos com os molhos preferidos… pode ser o nosso pior pesadelo!
Depois do êxito alcançado com o método destinado a resolver o problema da insónia infantil, o Dr. Eduard Estivill questionou-se se não poderia aplicá-lo também ao problema da alimentação infantil.
Para tal solicitou a ajuda de um pedagoga, Montse Domènech, e entre ambos desenvolveram um método simples, prático, com sólidas bases científicas, para ensinar a comer bem e de tudo, às crianças."


sexta-feira, 25 de abril de 2008

O que comer por dia - Respostas de Maria Daniel Almeida - Parte II

Quais os aspectos positivos da nossa alimentação?
O consumo de peixe, de produtos hortícolas, (incorporados em sopas, cozinhados de carne ou peixe ou como acompanhamento) e de fruta é mais elevado comparativamente a outros países europeus. A variedade e a inventiva culinária são igualmente aspectos positivos e a preservar.

O que é comer correctamente?
É comer de acordo com as necessidades nutricionais (em função da idade, do sexo, da situação de saúde, da actividade física no trabalho e no lazer), com o objectivo de potenciar a saúde e de acordo com gostos e a nossa cultura alimentar. Gostaria ainda de incluir neste conceito a questão da sustentabilidade: comer adequadamente deve privilegiar a produção local e evitar os desperdícios, em atenção ao ambiente e à vida na Terra.

Quais os alimentos de que nunca devemos prescindir?
Nós, humanos, somos omnívoros. Traduzido à letra significa "comemos de tudo". Ou seja, não dependemos apenas de um pequeno leque de alimentos para nos nutrirmos (isto é, para construirmos as nossas estruturas, para as repararmos, para mantermos as nossas funções vitais, para nos reproduzirmos). Esta característica explica o sucesso do povoamento humano da Terra: dos calores tórridos das zonas equatoriais aos frios gélidos das regiões polares, os seres humanos usaram os alimentos que tinham à sua disposição, ou seja, sobreviveram pela adaptação ao meio ambiente. Paradoxalmente, esta versatilidade significa que um só tipo de alimentos não nos é suficiente e que, para obtermos as substâncias de que necessitamos precisamos de ingerir diferentes tipos de alimentos. É essa noção de complementariedade que constitui uma das bases da Roda dos Alimentos: os alimentos, organizados por afinidades de composição nutricional, são intercambiáveis dentro de cada grupo e diariamente devemos consumir de todos os grupos nas proporções que as secções da Roda sugerem, com o cuidado de variar o mais possível dentro de cada grupo.

Programa Spatulatta - Cozinha de e para Crianças

Spatulatta - "Cooking 4 kids online"



Um programa muito interessante, inteiramente dedicado a crianças. Porque brincar pode e deve ser uma brincadeira de crianças.

Trata-se de um programa de culinária feito por crianças, duas meninas de 9 e 11 anos, Belle e Liv Gerasole, no qual ensinam outras crinaças a cozinhar receitas simples e saudáveis. Desde bolachas a frango com limão, salada grega ou tarte de maça. Tem também inúmeros conselhos e mais de 200 vídeos de receitas. Visitem o site
aqui.


Uma forma de começar desde cedo as crianças a responsabilizarem-se pela sua própria alimentação.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O que comer por dia - Respostas de Maria Daniel Almeida - Parte I

No suplemento "Única" do Jornal Expresso de 19 de Abril de 2008, são apresentadas uma série de 11 perguntas sobre o estado da alimentação no nosso país, a alguns profissionais de saúde. A presidente do Conselho Científico e professora catedrática da FCNAUP foi um deles.

Aqui estão algumas das questões e as respectivas respostas dadas por Maria Daniel Vaz de Almeida:

Os portugueses comem bem ou mal?
"Nem em 1986, quando foi divulgado o único inquérito alimentar nacional, seria possível responder a esta pergunta de modo simples e directo. No entanto, diversos indicadores indirectos revelam que, no global, a evolução dos padrões alimentares dos portugueses não tem sido positiva. Por exemplo, entre 1990 e 2000, as disponibilidades familiares de alimentos mostram que diminui a adesão à dieta mediterrânica e às recomendações da OMS."

Qual é o maior erro que fazem?
"Tudo indica a manutenção (ou mesmo agravamento) de situações identificadas há anos:
a) balanço energético positivo (isto é, excesso de energia ingerida face aos gastos com a vida do dia-a-dia);
b) excesso de ingestão de alimentos com elevado teor de gorduras;
c) excesso de ingestão de alimentos ricos em açucares simples;
d) excesso de ingestão de sódio, através de alimentos muito salgados."

Quais são as principais consequências?
"A consequência mais visível é o excesso de peso e a obesidade que atingem já cerca de 30% das crianças com 7 a 9 anos e cerca de 54% dos adultos. Associados à alimentação estão também as doenças cerebro-vasculares, o enfarte do miocárdio, diversos tipos de cancro, a diabetes e a hipertensão arterial."

Programa Media Smart

Aqui está uma excelente inicitiva, numa altura em que é já conhecido o profundo impacto que a publicidade tem nos hábitos alimentares das crianças: Crianças aprendem na escola a interpretar publicidade

O
Ministério da Educação participou dia 21 de Fevereiro, na sessão de lançamento e apresentação do programa Media Smart, na Escola Eugénio dos Santos em Lisboa.

"Para um público esperto, um olhar mais desperto" é o lema do programa Media Smart, cujo lançamento em Portugal é da responsabilidade da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN). Trata-se de um programa escolar de literacia para a publicidade nos diferentes meios de comunicação, dirigido às crianças dos 1.º e 2.º ciclos.

A ideia é que as crianças desenvolvam as suas capacidades de compreensão e interpretação das mensagens publicitárias comerciais e não comerciais o mais cedo possível na sua vida, "para que desenvolvam o seu sentido crítico".

Para desenvolver este projecto no nosso país, a APAN reuniu um grupo de peritos constituído por onze elementos, do qual fazem parte um representante da Direcção-Geral da Saúde, Instituto do Consumidor, Confederação Nacional das Associações de Pais, Associação Nacional de Nutricionistas, um representante dos Professores, um Observador Europeu (DG INFSO), um especialista em Marketing Infantil e um especialista em Comunicação Infantil.

O programa Media Smart foi desenvolvido no Canadá em 1998 e veio para a Europa em 2002, onde está já a funcionar em sete países:
Reino Unido, Suécia, Finlândia, Hungria, Alemanha e Bélgica. E agora em Portugal.

Consulte
aqui o programa já instituido no Reino Unido. E aqui algumas actividades sugeridas para as crianças no decorrer desse programa.

Para que mundo caminhamos?

Lemos na revista “Segurança e Qualidade Alimentar” o editorial de Graziela Afonso que nos despertou bastante interesse. Segundo Graziela “vivemos num mundo de cada vez maiores contradições e assimetrias”. Assim “onde mais se evolui científica e tecnologicamente, menos regras básicas de higiene se cumprem. Onde mais se acede à informação menos comportamentos responsáveis pela saúde se observam”.

Cada vez mais a população se descuida no que diz respeito à higiene tanto a nível pessoal como social e, como todos sabemos, higiene e saúde estão intimamente ligados. Pode-se, seguramente, afirmar que não existindo higiene, facilmente resultará num problema de saúde.

Este facto é conhecido de todos: a informação existe, a educação nesse sentido também; no entanto, continuam-se a verificar casos, em número cada vez mais significativo de situações de visível falta de higiene.



Segundo alerta da OMS, a contaminação alimentar mata 1.8milhão de pessoas por ano. Cerca de 200 casos de contaminação ou de fraude de alimentos e bebidas de grandes proporções são identificados anualmente nos vários continentes.

Nos países designados desenvolvidos, uma em cada três pessoas adquire por ano uma doença por via da ingestão de alimentos. Nos EUA, só em 2005 os alimentos geraram 325 mil hospitalizações, 5 mil mortes e 76 milhões de incidentes.

Segundo um estudo realizado em 11 países, patrocinado pelo Hygiene Council “em Portugal 25% da população não lava as mãos antes das refeições, depois de ir a casa de banho ou quando contacta com animais, enquanto 45% não adopta essa regra de higiene após espirrar ou tossir. Uma regra que poderia reduzir ate 59% a incidência de infecções”.


Rendidos às evidências resta-nos que a população tome consciência do quão é importante apresentar boas práticas e bons hábitos, e não há melhor alvo do que as crianças para a promoção de programas educativos e formativos. Se os pais não têm tido a capacidade de melhorar esta situação e educar os seus filhos ressalvando a importância das regras de higiene, quem sabe se não é a vez de os filhos tentarem educar os mais velhos, para que, nu futuro, todo o tipo de contaminações provocadas pela falta de higiene represente uma minoria nos problemas e doenças da população mundial.

Se hoje em dia já convivemos com um grande números de doenças que muitas vezes não podemos evitar porque não haveremos de prevenir contaminações que á partidas são tão fáceis de controlar? Tudo depende de nós…e da relação que mantivermos com a higiene…

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Uma forma diferente de publicidade

Um anúncio publicitário no mínino diferente. Para além de cumprir este requisito de marketing, surge também como forma educativa, explicando a diferença entre gorduras saturadas e insaturadas, os malefícios da primeira e os benefícios da segunda.
Apesar de se tratar de publicidade a um produto rico em gordura, esta é feita de forma pró-activa, apelando à moderação e sem fornecer informações erradas sobre o porduto.

Um bom exemplo...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Rótulos alimentares - Erros mais comuns

A presença de rótulos nos alimentos só é obrigatória por lei quando os alimentos alegam determinados benefícios nutricionais ou de saúde, ou seja, na presença de alegações nutricionais ou de saúde.


No entanto, actualmente a maioria dos produtos alimentares apresenta rótulo. Na ausência de regulação verifica-se que são transmitidas frequentemente informações erradas ou pouco esclarecedoras.

Veja alguns exemplos:


O regulamento (CE) nº 1924/06 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro veio já impôr restrições aos alimentos que ostentam alegações nutricionais e de saúde, ainda que com algumas falhas. O mesmo se espera para os rótulos alimentares. A rotulagem deve não só ser obrigatória para todos os produtos alimentares, como a sua aplicação deve ser legislada e controlada.

Opinião Pública - Como ler e interpretar a informação dos rótulos?

No opinião pública semanal, foi questionada a atenção dada aos rótulos dos alimentos no momento da compra. Num total de 17 votos, apenas 11% admite reparar sempre nos rótulos dos produtos que compra.

Aprender a ler e a interpretar os rótulos dos produtos alimentares ajuda a fazer escolhas adequadas no que à alimentação diz respeito.

A rotulagem dos alimentos encontra-se actualmente legislada e deve-se obedecer a uma série de regras de forma a esclarecer e proteger o consumidor no momento de compra.

Para se saber o que realmente se está a comprar e a consumir é necessário que as indicações presentes nos rótulos estejam bem explicadas e sejam bem interpretadas pelo consumidor.

A informação contida num rótulo deve ser bem legível, encontrar-se em português e num local bem visível da embalagem. Deve constar dessa informação:

  • O nome do alimento ou denominação de venda, para que o consumidor saiba exactamente o tipo d alimento que compra. (Por exemplo, "Iogurte com aroma a baunilha")

  • A quantidade líquida, que indica peso ou volume do alimento.

  • As condições especiais de conservação. (Por exemplo, em alimentos que devam ser consevados no frio: "conservar no frigorífico depois de aberto" ou "consumir no prazo de 3 dias")

  • As instruções de utilização/preparação.

  • O prazo de validade: data limite de consumo (a data deve ser respeitada) ou de durabilidade mínima (o alimento pode ser consumido após a data indicada, mas com perda de qualidade do produto).

  • A lista de ingredientes e aditivos, indicados por ordem decrescente de peso.

  • Os valores nutricionais, devem ser expressos em 100g ou 100ml de produto ou por dose média consumida. No caso das vitaminas e sais minerais, além da quantidade em que estão presentes é obrigatório apresentar a percentagem da dose diária recomendada (%DRR) fornecida pelo produto.

  • A apresentação desta informação pode ser feita numa versão mais resumida, que deve referir o valor energático, proteínas, hidratos de carbono e lípidos ou numa versão mais alargada que para além destas indicações deve apresentar informações sobre açúcares, ácidos gordos saturados, fibras alimentares e sódio. Podem ainda ser incluidas as quantidades de amido, polióis, ácidos gordos mono e polinsaturados, colesterol, vitaminas e minerais.

  • O nome e morada do fabricante, embalador ou vendedor, para posterior contacto, caso necessário.


(imagem retirada daqui)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Marcha Contra a Fome 2008 – Walk the World 2008


Quando? Domingo, 1 de Junho de 2008
Onde? Por todo o mundo atravessando 24 fusos horários

Uma forma de comunicar diferente: caminhar por uma boa causa com o objectivo de combater a fome no mundo.

A Marcha Contra a Fome – Walk the World é uma iniciativa a nível global das Nações Unidaso de angariação de fundos, com uma primeira edição em 2004. VIsa também sensibilizar a comunidade para esta problemática.

Custa apenas 35€ a alimentação de criança durante 1 ano. Numa altura de contradições entre um mundo consumista e com graves problemas associados a hábitos alimentares inadequados e excessivos e um outro mundo subdesenvolvido, com carências alimentares graves, cabe ao primeiro solucionar parte deste problema. Em todo o mundo estima-se que 800 milhões de pessoas têm carências carências alimentares. 300 milhões são crianças.


Em Portugal, serão efectuadas marchas e corridas em Lisboa, Porto, Coimbra e Ponta Delgada (Açores).


Lisboa:
Torre de Belém . Docas (Marcha e Corrida)
Porto: Cais de Gaia . Passeio Alegre (Marcha e Corrida)
Coimbra: Largo. D. Diniz . Pq. Dr. Manuel De Braga (Marcha e Corrida)
Açores: Ilha Terceira / Angra do Heroísmo: Pç Almeida Garrett . Silveira (Marcha)

Consulte aqui os locais para efectuar a inscrição.

Em 2007, mais de 550 000 pessoas Marcharam Contra a Fome, em 300 partes diferentes do mundo.

Consulte a página oficial da organização
Moving the World e veja esta e outras iniciativas: School Feeding, Kids Moving the World, Colour the World...


Descobre as Diferenças - ParteII

Mais uma evolução notável na forma de publicitar um produto - Água Luso

Anos 70


(fonte: Mistério Juvenil)


Actualmente


Destaque para uma campanha de marketing mais agressiva, com alegações de saúde associadas ao consumo do produto.

Mas não é só a forma de publicitar que muda. Também o produto em si sofre uma evolução importante. Actualmente o produto em si, neste caso a água, não é suficientemente atractiva para a sociedade. A associação de outras características torna-se essencial para que a marca venda.

Nota-se uma crescente adaptação aos novos estilos de vida da sociedade moderna e às suas exigências. E estamos a falar apenas de água, algo essencial à vida humana.

Evolução para melhor ou pior??

terça-feira, 15 de abril de 2008

Apetites Literários - "Sabor e Equilíbrio"

Sabor e Equilíbrio - Guia prático e CD-ROM interactivo


Neles encontra:

Um programa informático fácil de usar, que permite analisar os seus hábitos alimentares e fazer uma planificação alimentar personalizada, com a possibilidade de adicionar as suas próprias criações às receitas existentes ou calcular os valores nutricionais de qualquer alimento ou receita:

  • Secção "Menu do dia" com quatro fichas de refeições (pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar) onde se pode adicionar todos os alimentos ou receitas que consumiu durante o dia;

  • Secção "Balanço" que apresenta uma avaliação das ementas por nutriente e com conselhos sobre o que pode mudar para seguir uma alimentação mais equilibrada;

  • Espaço de criação de um perfil de necessidades energéticas adequadas ao seu peso, altura, sexo e idade.

100 receitas para todos os dias, simples, equilibradas e apetitosas.

Toda a informação necessária em matéria de alimentação para que consiga adoptar hábitos mais saudáveis e corrigir erros alimentares.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Dicas para Conservar no Frio

(Carregue na imagem para ampliar)

Fonte: Teste Saúde Nº 72 Abril/Maio 2008

Terei excesso de peso?

O índice de massa corporal (IMC) é um valor que traduz a relação entre o peso e a altura. Fornece uma indicação relativa ao nosso peso: se estamos dentro dos parâmetros recomendáveis ou se, pelo contrário, temos um peso inferior ao normal, superior ao normal ou obesidade.

Este índice também é conhecido pelas designações BMI, do inglês Body Mass Índex, ou índice de Quetelet (do nome do matemático, estatístico, sociólogo e astrónomo belga que desenvolveu o cálculo).

Calcule o seu IMC
aqui ou aqui! E compare com os valores de referência fornecidos.

Campanha: Marketing Alimentar Responsável

Junte-se à campanha: Queremos Marketing Alimentar Responsável

O seu testemunho é essencial para dar força à nossa luta: pretendemos legislação que restrinja o marketing e a publicidade a produtos alimentares para crianças com pouco interesse nutricional.

Estudos comprovam que o marketing e a publicidade aos produtos alimentares para crianças afectam as suas preferências, condicionam a decisão de compra da família e os hábitos de consumo. As crianças são bastante atraídas por alimentos de marca, que vendem a imagem de super-heróis e artistas, ou oferecem brindes, jogos e tatuagens. Mas muitos destes alimentos têm excesso de gordura, açúcar e sal.

O contributo de todos será reunido num dossiê para entregar aos Ministérios da Economia, Saúde e Educação.

Participe aqui!!!!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Colesterol elevado?

Qual será a melhor alimentação para quem tem colesterol elevado?

Em primeiro lugar, as gorduras saturadas são um alvo a abater. Carnes vermelhas, charcutaria e outros produtos gordos de origem animal devem ser banidos da dieta, bem como alimentos ricos es ácidos gordos trans, como os produtos de padaria, bolachas e óleos de fritura reutilizados, entre outros.

Já as gorduras monoinsaturadas, como o azeite, ajudam a reduzir o mau colesterol. Dentro das gorduras polinsaturadas, os principais benefícios são retirados dos ácidos gordos ómega 3 e ómega 6. Peixes gordos, como o salmão, atum, cavala e sardinha, os óleos vegetais de milho e de girassol e frutos oleaginosos, como nozes e amêndoas, são a melhor opção.

Existem actualmente no mercado inúmeros produtos ditos anticolesterol que poderão igualmente ser utéis para baixar o colesterol. Margarinas, leites, leites fermentados e iogurtes à venda contêm esteróis e estanóis vegetais, componentes naturais de plantas que actuam no intestino, limitando as hipóteses do mau colesterol ser absorvido para a corrente sanguínea. "Reduz o colesterol" é uma das alegações de redução de risco de doença ou de saúde comum no marketing destes produtos, que só pode ser feita quando comprovada pela ciência. Estes produtos devem conter informação nos rótulos sobre a quantidade e forma de ingerir o produto, avisos de riscos ou quem deve evitar o seu consumo.



Mas atenção! O seu consumo deve ser complementado com uma dieta equilibrada e variada, rica em fruta e vegetais e claro, exercício físico.


Veja aqui um vídeo que explica o que é o colesterol, qual a sua origem, como é absorvido pelo organismo, o papel dos fitoesteróis na sua absorção e quais as principais consequências de níveis elevados de colesterol.

sábado, 5 de abril de 2008

Espetada de Salmão

A respeito do último post Comer Peixe Faz Bem aqui fica a sugestão de uma receita de modo a que possa desfrutar de todos os benefícios que o peixe lhe pode trazer.

Aproveite …e…bom apetite!

Espetada de salmão grelhada Em pau de loureiro e regada com limão, sobre salada de batata com salsa

Ingredientes

  • 800g Salmão (lombos com 200g)
  • 2 pimentos verdes
  • 2 cebolas
  • 2 tomates
  • Sumo de 2 limões
  • Sal grosso qb

    Para a salada de batata

  • 400 gr de batatas
  • 1 cebola
  • 1 molho de salsa
  • 1 dente de alho
  • Azeite qb
  • Sal fino qb

Preparação

Corte o salmão em cubos e tempere com sal. Corte os legumes no formato que desejar. Faça a espetada em pau de loureiro, intercalando os alimentos. Unte com azeite e leve a grelhar. Entretanto, coza as batatas com pele em água e sal. Descasque e corte em tubos. Faça um refogado com cebola picada, alho e azeite. Junte as batatas e tempere com sal. Polvilhe com salsa picada e na altura de servir, regue a espetada com sumo de limão.


Hummmmmm….

Comer Peixe Faz Bem!

O peixe é rico em proteínas, sais minerais e vitaminas e é um dos mais importantes recursos alimentares do homem.

Além de saboroso, o peixe é um alimento com um sem-número de benefícios nutricionais. Porquê? Porque é um excelente fornecedor de proteínas de elevado valor biológico, vitaminas (nomeadamente A, D e B12) e minerais, como o cálcio, o fósforo, o iodo e o cobalto.


Os peixes gordos (sardinha, atum, salmão, cavala, arenque, anchova, enguia, lampreia, sável) têm cerca do dobro das calorias dos peixes magros (bacalhau, solha, pescada, faneca, dourada, robalo, raia). Tal diferença deve-se ao teor superior de gordura dos peixes gordos. E, apesar de os alimentos ricos em gorduras serem desaconselhados, a gordura presente no peixe é considerada saudável e benéfica.


Ao contrário das gorduras saturadas presentes em alguns alimentos de origem animal, a gordura do peixe é insaturada. O peixe é rico em dois tipos de gordura pertencentes ao grupo ómega 3.

Ácidos Gordos Ómega 3

Segundo os especialistas, os ácidos gordos ómega 3 oferecem uma protecção contra os problemas cardiovasculares e favorecem uma melhoria do perfil lipídico (gordura). Vários estudos demonstraram o seu valor em condições como a arterosclerose, artrite reumatóide e doenças de pele, como o eczema e a psoríase.

Por serem também uma excelente fonte de vitamina D e fósforo, os peixes gordos são fundamentais para a formação e manutenção dos ossos. Note-se que os peixes enlatados que conservam as suas espinhas moles, caso da sardinha e da cavala, são excelentes fontes de cálcio, isto se as espinhas forem comidas.

Ómega 3 de origem marinha: benefícios gerais

  • Aumenta a motivação
  • Melhora a concentração
  • Neutraliza o stress
  • Previne as doenças degenerativas do cérebro
  • Actua numa prevenção primária e secundária da arterosclerose

  • Em suma, importa estimular o consumo de peixe! Esta alimento, nem sempre apreciado, principalmente pelas crianças deve ser incluido obrigatoriamente na dieta normal.

    Não estará na altura de incluir este alimento mais vezes na sua rotina alimentar??

    sexta-feira, 4 de abril de 2008

    Opinião Pública - Emagrecer à Pressa

    Com a aproximação do Verão aumenta a preocupação com o corpo e como consequência a tendência para a realização de dietas muitas vezes desapropriadas. No “opinião pública semanal”, num total de 21 respostas, 71,4% já fizeram, tentarem ou fazem regularmente dietas para perda de peso nesta altura do ano.
    A maioria das pessoas procura “fórmulas milagrosas” com o intuito de perder peso com pouco sacrifício e em pouco tempo. É importante alertar as pessoas que estas dietas são na sua maioria inviáveis pois não oferecem um equilíbrio adequado de nutrientes, sendo bastante restritivas e até perigosas.

    Erros mais comuns

    Normalmente as pessoas tendem a começar uma dieta sem acompanhamento nutricional, por sua conta e risco, o que pode conduzi-las a cometer, na maioria das vezes, erros graves com consequências nefastas para a saúde.
    Alguns erros mais frequentes são: passar muitas horas sem comer, saltar refeições, deixar de comer ou não ingerir a totalidade de nutrientes, vitaminas e outras substâncias necessárias ao organismo, ou por outro lado recorrer a suplementos nutricionais desadequados, medicamentos ou outros compostos, mantendo a dieta actual e não praticando exercício físico.


    Perder peso de maneira saudável

    Fazer uma dieta saudável é crucial para obter todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento e manutenção do organismo. Cada um deve adoptar uma dieta alimentar que melhor se adapte à sua constituição. No entanto, as regras de ouro para uma alimentação saudável são universais: variedade, equilíbrio e doseamento da quantidade dos alimentos.
    Além de variada, a ingestão de alimentos deve ser repartida por várias refeições ao longo do dia. As doses devem ser pequenas e não exceder as necessidades do organismo e não se deve privar totalmente de alimentos.
    É também uma utopia achar que poderá perder peso mantendo um estilo de vida de sedentarismo e abusos alimentares. A prática de exercício físico terá sempre que acompanhar uma dieta equilibrada.
    Com toda esta informação não tem necessidade de praticar uma má alimentação nem se expor a dietas desequilibradas. Se realmente tiver necessidade de perder peso procure acompanhamento nutricional, que o irá ajudar de forma a não prejudicar a sua saúde, até porque emagrecer é um processo demorado e não poderá ser feito de qualquer maneira.

    Nenhuma dieta é possível sem esforço! E atenção, as pessoas não são todas iguais e por isso não se devem copiar dietas.


    Cuide-se....fazer uma dieta saudável é o primeiro passo para um estilo de vida saudável.

    segunda-feira, 31 de março de 2008

    Obesidade infantil - Como Combater?

    Campanhas publicitárias de prevenção:



    Intervenção comunitária por profissionais de saúde:



    domingo, 30 de março de 2008

    Publicidade e Obesidade Infantil - Parte II

    Mais um estudo que aponta uma relação entre os anúncios publicitários e a obesidade nas crianças.


    Psicólogos britânicos do Laboratório de Comportamento Alimentar Humano da Universidade de Liverpool estudaram um grupo de 60 crianças de vários pesos, com idades entre os 9 e os 11 anos, às quais foram mostrados anúncios de alimentos e de brinquedos, seguidos de desenhos animados.

    Verificou-se que o apetite das crianças obesas e com excesso de peso aumenta mais do dobro depois de verem anúncios publicitários a produtos alimentares na televisão. A ingestão de comida depois dos anúncios a alimentos foi significativamente maior do que depois dos anúncios a brinquedos em todos os grupos de peso: as crianças obesas aumentaram 134% o seu consumo, as que sofrem de excesso de peso consumiram mais 101% e as de peso normal comeram mais 84%.

    Os investigadores observaram também que o peso ditou as preferências alimentares durante a experiência, já que foram postos à disposição das crianças alimentos com alto e baixo teor em gorduras e açúcar.

    As crianças obesas optaram sempre pelo produto alimentar com mais gordura, o chocolate, enquanto as do grupo com excesso de peso escolheram geleias com menos conteúdo gordo e também chocolate.

    A investigação confirma que os anúncios de alimentos na TV têm um efeito profundo nos hábitos alimentares de todas as crianças, duplicando a sua taxa de consumo. O estudo sugeriu também uma forte ligação entre o peso e a susceptibilidade para comer demais após exposição a publicidade alimentar na televisão.

    "Light" mas pouco...

    O termo light é das alegações nutricionais mais divulgadas quando se publicita um produto alimentar. Aplica-se exclusivamente quando há uma redução, no mínimo de 30 % num nutriente, como gordura ou açúcar, relativamente ao alimento tradicional.

    Mas atenção!! Light não significa menos calorias. Por exemplo, uma marca de cereais de pequeno almoço pode reduzir a quantidade de gordura em 30%, relativamente a outro produto da marca, mas simultaneamente aumentar a quantidade de açúcar. Neste caso, o produto pode ser considerado light, mas mantém o valor energético.

    Outro exemplo são as batatas fritas, que fazem uma correcta atribuição da deseignação light ao diminuirem em 33% a quantidade de gordura. Mas esta redução não impede que o produto continue rico neste nutriente tão nefasto para a saúde.


    Assim, é necessário uma atenção especial na escolha destes produtos. É importante não prestar apenas atenção a este tipo de alegações nutricionais, mas também ver cuidadosamente os rótulos, que deverão conter a lista de ingredientes e a informação nutricional. Só assim se pode saber se o produto é saudável e não contém excesso de sal, açúcar ou gorduras.

    quarta-feira, 26 de março de 2008

    Publicidade e Obesidade Infantil - Parte I

    O Observatório da Publicidade, desenvolveu um estudo - "Publicidade a Alimentos para Crianças e Jovens" - que pretendia caracterizar e perceber os efeitos da publicidade a alimentos para crianças e jovens no aumento da obesidade infantil.

    Foram visionados cerca de 150 horas de televisão distribuídas pelos canais RTP1, SIC,TVI,SIC Radical e Panda. No estudo foram considerados 108 anúncios a alimentos para crianças e jovens.
    As conclusões retiradas mostraram-se bastante interessantes:

    • A publicidade a produtos alimentares dirigida a crianças e jovens predomina na televisão, 81,48% dos anúncios analisados e com repetições a variarem entre 1 e 30 vezes;

    • Dos grupos alimentares identificados, observou-se que mais de 60% dos anúncios exibidos se encontram directa ou indirectamente ligados ao grupo de Açúcar e Açucarado, combinando com grupos nucleares de Lacticínios e Cereais;

    • A presença de uma personagem mascote como elemento facilitador da relação e reconhecimento da marca ocorre em 48% dos anúncios analisados. Tratando-se de uma mascote, a tendência é para ser construída sobre uma base fictícia e em forma animal, conferindo-lhe um carácter imaginário e antropomórfico que permite ao alvo de comunicação identificar valores e emoções da marca sem procurar a sua correspondência na realidade exterior;



    • Para além da personagem mascote verifica-se que mais de 90% da publicidade integra personagens que actuam como modelos de utilização dos produtos, em contextos quotidianos grupais (amigos e família) reconhecidos pelas crianças e jovens. O género dominante da personagem principal é o masculino podendo remeter para valores como a actividade física mais dinâmica e mais energética e forte, atributos estes que estão associados aos benefícios da alimentação em geral e subjacentes ao conceito de saudável.

    • As cores (vermelho e amarelo) e a música (rock) utilizadas orientam a percepção das pessoas expostas aos anúncios para emoções de alegria, energia e dinamismo.

    Apesar de a relação entre obesidade infantil e publicidade não ser directamente comprovada através deste estudo, as conclusões retiradas sugerem uma relação, dada a percentagem de anúncios publicitários dirigidos a este público alvo, bem como ao tipo de produtos alimentares anunciados.

    Viva Bem. Exemplo a seguir?

    O Grupo Ibersol, representante de várias cadeias de restauração, como a Burger King, Pizza Hut, Pasta Caffé, Pans & Company, O Kilo, KFC, entre outras, desenvolveu um programa inovador , o Viva Bem.

    No sítio do programa, podem encontrar-se espaços organizados de forma a passar informações simplificadas relativas ao programa, aos restaurantes envolvidos, às características nutricionais dos alimentos disponibilizados e a todo o processo que vai desde o fornecedor dos produtos até ao momento do seu consumo no restaurante, não descurando aspectos como a higiene e segurança alimentar.


    São também apresentados planos alimentares semanais, específicos para adultos, crianças ou idosos e que respeitam as necessidades energéticas e nutricionais e vários conselhos nutricionais.

    Segundo a Ibersol, O Viva Bem "procura ser um programa completo, que resuta de inúmeros estudos e do trabalho de uma equipa multidisciplinar que envolve especialistas na área da nutrição, marketing e psicilogia".

    O objectivo é educar para uma alimentação saudável e permitir ao consumidor "aprender a comer o que faz bem ao corpo e sabe bem ao paladar". E mesmo que pareça uma contradição falar em alimentação saudável e Fast Food, a ideia é inovadora e realista. O estilo de vida das sociedades modernas tem tido graves implicações nos padrões de consumo alimentar e é já um facto que cada vez é maior o número de refeições consumidas fora de casa. Perante esta inevitabilidade são importantes as iniciativas deste género. A preocupação em alertar e informar para a importância de uma alimentação saudável e o fornecimento de escolhas variadas e equilibras, que estão por trás deste programa, são notáveis e pioneiras.

    Aliar uma alimentação saudável, saborosa e equilibrada, é a imagem de marca deste programa Viva Bem, O Bom faz Bem.

    segunda-feira, 24 de março de 2008

    As Crianças e as Verduras

    Uma pesquisa sobre Hábitos Alimentares na Infância e Adolescência (Estudo Enkid, 1998-2000) com a participação de mais de 3500 crianças e jovens com idades compreendidas entre os 2 e os 24 anos, concluiu que o consumo de frutas e legumes é claramente insufiente.

    Mas como fazer para que as crianças comam fruta e legumes....e gostem!

    Eis alguns conselhos que poderão ajudar a incentivar o consumo destes alimentos em todas as refeições das crianças:

    • Fazer pratos com boa apresentação e coloridos para se tornarem mais actrativos. É uma incentivo para crianças e jovens porque chama mais a sua atenção e torna-se mais apetitoso.

    • Procurar que a criança comece o dia a comer fruta. Um copo de sumo de fruta variada dar-lhe-á um começo de dia delicioso e energético e, adicionalmente, acrescentará um boa quantidade de fibras, vitaminas e minerais, e nada de gorduras.
    • Colocar sempre na mochila da criança uma maça, uma laranja, uma pêra, uma banana ou um saco de frutos secos.

    • Manter as frutas e os vegetais ao seu alcance. Devem estar sempre visíveis quando a criança abrir o frigorífico. Se os vir, é mais provável que os coma.

    • Juntar frutas e legumes cortados ou em puré a outros pratos. Por exemplo: pudim de espinafres e queijo, esparguete com cogumelos, arroz com legumes...Utilizar os legumes picados muito finos ou ralados.

    • Utilizar puré de verduras para engrossar as sopas e acrescentar sabor.


    • Cortar os vegetais em formas originais. Torna-os mais apetecíveis.

    Uma alimentação rica, variada e saudável permite às crianças alcançar o seu crescimento e potencial de desenvolimento máximos, ajudando-as a prevenir doenças importantes. Há que apostar em educar as crianças em sabores diferentes e variados...


    Fonte: Saúde & Lar

    sábado, 22 de março de 2008

    Alegações Nutricionais e de Saúde

    A alteração dos hábitos de consumo alimentar nas sociedades modernas foi acompanhada por uma crescente procura por formas de alimentação mais rápidas e práticas. Surgem produtos com novas propriedades nutricionais e também novas formas de estes seram comunicados.

    São comuns as menções como "baixo valor energético", "sem gordura saturada", "sem açúcares", "alto teor de fibra", "fonte de vitamina A". Estes são exemplos de declarações que sugerem que um alimento possui propriedades benéficas relativas à energia (fornece muita ou pouca) e/ou aos nutrientes (contém ou não), ou seja, são alegações nutricionais.


    "Um regime com baixo teor de gorduras saturadas baixa o nível de colesterol no sangue", "o consumo de ácidos gordos ómega 3 mantém um bom nível cardiovascular", " o consumo de fruta e verdura fresca reduz o risco de cancro" ou "o cálcio fortifica os ossos" constituem exemplos de declarações que impliquem uma relação entre o alimento ou um dos seus constituintes e a saúde. São alegações de saúde.




    O Regulamento (CE) nº 1924/06 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Dezembro veio impôr restrições aos alimentos que ostentam alegações, devendo estes ter um perfil nutricional adequado.

    As alegações nutricionais não devem:
    • ser falsas, ambíguas ou enganosas;
    • suscitar dúvidas acerca de outros alimentos;
    • incentivar o consumo excessivo de qualquer alimento;
    • sugerir que um regime alimentar variado é susceptível de não fornecer as quantidades adequadas de nutrientes;
    • explorar receios de consumidores através de referências a alterações das funções orgânicas;
    • comparar a composição do alimento em causa com alimentos de outra categoria.
    São proibidas as alegações de saúde que:
    • sugiram que a saúde possa ser afectada pelo facto de não se consumir o alimento em causa;
    • façam referência a um determinado ritmo de perda de peso;
    • façam referência a recomendações individuais de médicos ou outros profissionais de saúde.
    Espera-se que a introdução desta nova legislação permita uma comunicação mais eficaz e verdadeira das propriedades dos alimentos e dos seus potenciais efeitos. Actualmente, são muitos os anúncios publicitários de produtos alimentares com alegações que não respeitam estes parâmetros, o que só contribui para uma deseducação e mal informação da sociedade no que diz respeito a consumo alimentar adequado.

    Fontes: Artigo "Alimentos com Alegações Nutricionais e de Saúde" da Revista "Segurança e Qualidade Alimentar", nº 3, Novembro 2007 e palestra "Legislação da Rotulagem Nutricional e das Alegações de Saúde" de Mª Cândida Marramaque no Congresso "Novos Rumos, Novos Desafios na Vanguarda da Nutrição" da XVIII Semana de Ciências da Nutrição.

    O chocolate na Páscoa

    Páscoa...época de cariz religioso e festejada em todo o Mundo por milhões de pessoas. Com o tempo, muitas das tradições associadas à Páscoa foram sendo adulteradas e abolidas e mais uma vez, o consumismo da sociedade actual deu origem à introdução de outros hábitos nem sempre saudáveis em termos alimentares.

    É o caso das amêndoas e ovos de chocolate, presença obrigatória nesta época festiva. A maioria dos chocolates consumidos, no entanto, são ricos em gordura e açúcar com efeitos nefastos para a saúde, aumentando o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

    No entanto, estudos recentes têm evidenciado outras propriedades desta iguaria, nomeadamente a sua capacidade de prevenir doenças cardiovasculares. É o caso do chocolate preto, que contém flavonóides que actuam nas células endoteliais das veias e artérias.

    No último estudo desenvolvido por pesquisadores do centro de prevenção da Universidade de Yale, nos EUA, 45 indivíduos com excesso de peso (IMC entre 25 e 35 kg/m²), foram divididos em três grupos:

    1) consumiram 226 gramas de cacau sem açúcar por 6 semanas;
    2) consumiram 226 gramas de cacau com açúcar por 6 semanas;
    3) consumo de um placebo por 6 semanas.

    Através do exame de ultra-som os pesquisadores mediram a capacidade de relaxamento e distensão das artérias. No grupo 1, esta capacidade melhorou em 2,4%. No grupo 2 em 1,5% e no grupo 3 piorou em 0,8%.


    O resultado não sugere que devemos aumentar o consumo de chocolate, porém sugere que o chocolate preto, no seu estado puro (sem leite e sem açúcar) é uma alternativa a considerar, principalmente quando o consumo de chocolate se torna inevitável, como na Páscoa.

    Estes flavonóides estão também presentes em frutas, legumes e alguns tipos de chás sem o fornecimento do açúcar e da gordura saturada do chocolate. São por isso a melhor opção.

    Boa Páscoa!