sábado, 22 de março de 2008

O chocolate na Páscoa

Páscoa...época de cariz religioso e festejada em todo o Mundo por milhões de pessoas. Com o tempo, muitas das tradições associadas à Páscoa foram sendo adulteradas e abolidas e mais uma vez, o consumismo da sociedade actual deu origem à introdução de outros hábitos nem sempre saudáveis em termos alimentares.

É o caso das amêndoas e ovos de chocolate, presença obrigatória nesta época festiva. A maioria dos chocolates consumidos, no entanto, são ricos em gordura e açúcar com efeitos nefastos para a saúde, aumentando o risco de obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

No entanto, estudos recentes têm evidenciado outras propriedades desta iguaria, nomeadamente a sua capacidade de prevenir doenças cardiovasculares. É o caso do chocolate preto, que contém flavonóides que actuam nas células endoteliais das veias e artérias.

No último estudo desenvolvido por pesquisadores do centro de prevenção da Universidade de Yale, nos EUA, 45 indivíduos com excesso de peso (IMC entre 25 e 35 kg/m²), foram divididos em três grupos:

1) consumiram 226 gramas de cacau sem açúcar por 6 semanas;
2) consumiram 226 gramas de cacau com açúcar por 6 semanas;
3) consumo de um placebo por 6 semanas.

Através do exame de ultra-som os pesquisadores mediram a capacidade de relaxamento e distensão das artérias. No grupo 1, esta capacidade melhorou em 2,4%. No grupo 2 em 1,5% e no grupo 3 piorou em 0,8%.


O resultado não sugere que devemos aumentar o consumo de chocolate, porém sugere que o chocolate preto, no seu estado puro (sem leite e sem açúcar) é uma alternativa a considerar, principalmente quando o consumo de chocolate se torna inevitável, como na Páscoa.

Estes flavonóides estão também presentes em frutas, legumes e alguns tipos de chás sem o fornecimento do açúcar e da gordura saturada do chocolate. São por isso a melhor opção.

Boa Páscoa!

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