segunda-feira, 17 de março de 2008

Opinião Pública - Alimentação saudável?

Um tema controverso e actual, que tem suscitado um interesse crescente por parte da população a nível mundial.

No “opinião pública” desta semana "considera a sua alimentação saudável?", num total de 24 votantes, 45% considerou a sua alimentação como “assim assim” saudável. O “não” alcançou os 25% dos votos. 16% consideraram a sua alimentação saudável, enquanto que 12% não conseguiram efectuar uma avaliação.

Mas será fácil definir “uma” alimentação saudável? São muitos os factores a considerar quando se avalia a alimentação. Factores sociais, culturais, económicos, estilo de vida, acesso a recursos alimentares adequados, falta de informação condicionam de forma preponderante a forma como nos alimentamos e como percepcionamos a nossa alimentação.

Um relatório recente da OMS (Organização Mundial de Saúde), o CINDI dietary guide, referiu 12 aspectos a ter em consideração para que se possa alcançar uma alimentação saudável:

1. Ter uma dieta o mais variada possível, baseada na roda dos alimentos, com maior abundância de alimentos de origem vegetal, em vez de alimentos de origem animal e a água a desempenhar um papel central. A variedade é essencial porque 1 só alimento não fornece a totalidade de nutrientes, vitaminas e sais minerais que o organismo necessita.


2. Ingerir pão, massas, arroz e batatas várias vezes por dia. São estes os alimentos que deveriam servir de base à nossa dieta. Para além de importantes fontes de energia, têm uma baixa composição em gorduras e contribuem para a ingestão de proteínas, fibras, sais minerais (potássio, cálcio e magnésio) e vitaminas (vitamina C e B6, ácido fólico e carotenóides).

3. Ingerir uma grande variedade de frutas e vegetais, preferencialmente frescas, várias vezes ao dia, pelo menos 400g por dia. Estes alimentos são pobres em gordura e energia, pelo que são essenciais na prevenção da obesidade.

4. Manter um peso corporal dentro dos limites recomendados. Isto é alcançado não só através da alimentação adequada, mas também com a prática diária de actividade física.

5. Controlar o consumo de gorduras (menos de 30% da energia diária dispendida). As gorduras saturadas devem ser substituídas por gorduras insaturadas, encontradas em óleos vegetais e margarinas.

6. Substituir o consumo de carne gorda (carne vermelha) por feijão, legumes, lentilhas, peixe ou carne magra (carne branca).

7. Ingerir leite e produtos derivados do leite como iogurtes ou queijo que são pobres em gorduras e sal. São a principal fonte de proteínas e cálcio.

8. Seleccionar alimentos com baixo teor em açúcar. Existem actualmente alguns alimentos com substitutos artificiais do açúcar. No entanto, alguns deles, como o sorbitol, são ricos em energia. Assim, alguns dos alimentos ditos pobres em açúcar poderão ser ricos em energia e gordura.

9. Optar por uma dieta pobre em sal. O consumo total de sal não deve exceder as 6g por dia, incluindo o sal do pão e dos alimentos processados, conservados e curados.

10. Quando há consumo de álcool, este não deve exceder 2 copos diários (cada um contendo apenas 10g de álcool).

11. Preparar a comida de forma segura e higiénica. Os alimentos devem ser bem lavados, principalmente se consumidos crus. As formas de confecção devem ser escolhidas de forma a diminuir o total de gordura, tais como os cozidos ou grelhados.

12. Promover uma alimentação adequado desde o nascimento. Uma alimentação infantil inadequada tem graves repercussões na vida adulta. O aleitamento materno até ao primeiro ano de vida é essencial, bem como a introdução de alimentos complementares adequados a partir dos 6 meses.

Cada um destes passos deve ser considerado, não isoladamente, mas sim no contexto de todos os restantes. Variedade e equilíbrio são as palavras-chave.

Para mais informações consultar o relatório da OMS em:

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