quinta-feira, 24 de abril de 2008

Para que mundo caminhamos?

Lemos na revista “Segurança e Qualidade Alimentar” o editorial de Graziela Afonso que nos despertou bastante interesse. Segundo Graziela “vivemos num mundo de cada vez maiores contradições e assimetrias”. Assim “onde mais se evolui científica e tecnologicamente, menos regras básicas de higiene se cumprem. Onde mais se acede à informação menos comportamentos responsáveis pela saúde se observam”.

Cada vez mais a população se descuida no que diz respeito à higiene tanto a nível pessoal como social e, como todos sabemos, higiene e saúde estão intimamente ligados. Pode-se, seguramente, afirmar que não existindo higiene, facilmente resultará num problema de saúde.

Este facto é conhecido de todos: a informação existe, a educação nesse sentido também; no entanto, continuam-se a verificar casos, em número cada vez mais significativo de situações de visível falta de higiene.



Segundo alerta da OMS, a contaminação alimentar mata 1.8milhão de pessoas por ano. Cerca de 200 casos de contaminação ou de fraude de alimentos e bebidas de grandes proporções são identificados anualmente nos vários continentes.

Nos países designados desenvolvidos, uma em cada três pessoas adquire por ano uma doença por via da ingestão de alimentos. Nos EUA, só em 2005 os alimentos geraram 325 mil hospitalizações, 5 mil mortes e 76 milhões de incidentes.

Segundo um estudo realizado em 11 países, patrocinado pelo Hygiene Council “em Portugal 25% da população não lava as mãos antes das refeições, depois de ir a casa de banho ou quando contacta com animais, enquanto 45% não adopta essa regra de higiene após espirrar ou tossir. Uma regra que poderia reduzir ate 59% a incidência de infecções”.


Rendidos às evidências resta-nos que a população tome consciência do quão é importante apresentar boas práticas e bons hábitos, e não há melhor alvo do que as crianças para a promoção de programas educativos e formativos. Se os pais não têm tido a capacidade de melhorar esta situação e educar os seus filhos ressalvando a importância das regras de higiene, quem sabe se não é a vez de os filhos tentarem educar os mais velhos, para que, nu futuro, todo o tipo de contaminações provocadas pela falta de higiene represente uma minoria nos problemas e doenças da população mundial.

Se hoje em dia já convivemos com um grande números de doenças que muitas vezes não podemos evitar porque não haveremos de prevenir contaminações que á partidas são tão fáceis de controlar? Tudo depende de nós…e da relação que mantivermos com a higiene…

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